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Um dos muitos espaços do Centro de Estudos Terra Brazilis |
Em uma época em que parece que a natureza está finalmente se rebelando contra séculos e séculos de agressões humanas, a integração com o paisagismo se torna cada vez mais importante nos projetos arquitetônicos e urbanísticos. Jardins, canteiros centrais, gramados, pavimentação do tipo cobograma, entre outras escolhas verdes, contribuem para a capacidade das cidades em reter as águas de chuva. Essa é apenas uma das vantagens.
Nos projetos residenciais, as áreas verdes amenizam a temperatura. “Se bem planejado, o jardim cria o que chamamos de microclima, uma área relativamente pequena em que as condições atmosféricas são diferentes do ambiente exterior. O vento leva a temperatura mais agradável desse microclima para o interior da casa, refrescando o ambiente”, explica Adailson Pinheiro Mesquita, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Triângulo (UNITRI).
Segundo a bióloga Neiva Beatriz Antunes, do Centro de Estudos Terra Brazilis, outro motivo importante para a manutenção e criação de novas áreas verdes nas cidades é a interação das pessoas com o meio ambiente. “Manter pessoas e meio ambiente em comunhão é muito importante. Quanto mais próximas da natureza, mais as pessoas aprendem a respeitá-la e trabalhar junto com ela. Para as crianças isso é ainda mais essencial, porque faz com que elas cresçam com uma visão mais clara de preservação, sustentabilidade e amor pela natureza”, ressalta Neiva.
Um exemplo interessante de que mesmo as maiores empresas do mundo estão preocupadas em gerar uma relação melhor entre o ser humano e o ambiente onde vive, é o Festival Internacional de Flores e Jardinagem, realizado anualmente pelo Epcot, um dos quatro parques do Walt Disney World Resort, em Orlando. O evento celebra a primavera com jardins temáticos, esculturas topiarias de personagens, shows ao ar livre, palestras e até workshops de jardinagem. O parque também fica mais florido: este ano, pelo menos 70 mil mudas cercarão os lagos do Future World e, na água, serão instalados 220 minijardins flutuantes.
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Jardins do Epcot em Orlando |
Ideias geniais como essa, o aquecimento do mercado e o amor pela natureza, têm gerado uma maior procura dos profissionais por se especializar na área. “Amo a natureza desde criança. E o paisagismo entra como um fator importante por me dar abertura de poder estar em contato com o verde de forma direta. Me dando a liberdade de usar meu lado criativo para manipular cenários que despertam sensações nos usuários, e em mim o prazer de ver minha criação concretizada. De forma geral o paisagismo, para mim, é um exemplo de uma arquitetura natural. Árvores são como o teto, a gramado piso, os arbustos paredes. Paisagismo é ensinamento. E saber interagir com isso é gratificante”, conta o estudante do 8º Período de Arquitetura e Urbanismo Kadutto Tavares.
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